quarta-feira, 9 de julho de 2014

Fox ganha 'cara' de Golf, e Saveiro passa a ter versão cabine dupla


18/08/2014 20h00 - Atualizado em 18/08/2014 20h11

Volkswagen apresenta linha 2015 dos dois modelos; veja antes/depois.
Hatch passa a conta com opção de motor 1.6 mais moderno.

Peter Fussy Do G1, em São Paulo
A Volkswagen apresenta nesta segunda-feira (18) a reestilização do Fox, que agora tem visual inspirado pelo Golf, e a versão cabine dupla da Saveiro, que disputará o segmento de picapes para família com lugar para cinco pessoas. O compacto começa a ser vendido nos próximos dias como ano 2015, enquanto a Saveiro maior chega às concessionárias em setembro.
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VEJA TODAS AS VERSÕES DO FOX:
Haverá seis delas. Todas têm vidros dianteiros elétricos e direção elétrica, mas o ar-condicionado só é de série na mais cara, Highline 1.6.
Confira todos os itens de cada versão:
Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)Lanterna a la Golf (Foto: Caio Kenji/G1)
- Fox Trendline 1.0 (motor com 4 cilindros e 76 cv)
Itens de série: vidros dianteiros elétricos, direção com assistência elétrica, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, banco do motorista com ajuste de altura, sistema de abertura elétrica do porta-malas pelo logotipo da Volkswagen.
Além disso, há faróis duplos com máscara escurecida, indicador de troca de marcha, lavador, limpador e desembaçador traseiros, travamento elétrico das portas e porta-malas (sem controle remoto), 4 alto-falantes e 2 tweeters, chave tipo canivete, rodas de 15 polegadas com calotas, freios a disco na dianteira e a tambor na traseira.
- Fox Comfortline 1.0 (4 cilindros e 76 cv)
Itens de série: todos da versão Trendline, mais aquecimento, computador de bordo com 9 funções, aerofólio traseiro na cor do veículo, espelhos retrovisores e maçanetas das portas na cor do veículo, espelhos eletricamente ajustáveis com função “tilt down” (ao engatar a ré, o retrovisor do lado do passageiro vira para baixo), faróis e lanterna de neblina, sistema de som com rádio AM/FM, CD-player, Bluetooth, MP3 player e entradas USB, SD-card e auxiliar, e vidro traseiro elétrico.
Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)
- Fox Bluemotion 1.0 (3 cilindros e 82 cv)
Itens de série: todos da versão Trendline, mais sistema de partido a frio sem “tanquinho”, computador de bordo com 9 funções, aerofólio traseiro na cor do veículo, grade dianteira aerodinâmica, e rodas de 14 polegadas em vez de 15.
- Fox Trendline 1.6 (4 cilindros e 104 cv)
Itens de série: os mesmos do Trendline 1.0.
- Fox Comfortline 1.6 (4 cilindros e
104 cv)

Itens de série: todos da versão Comfortline 1.0 e opção de câmbio i-Motion.
Volkswagen Fox (Foto: Caio Kenji/G1)Versão mais cara, Highline, tem faróis de neblina
(Foto: Caio Kenji/G1)
- Fox Highline 1.6 (4 cilindros e 120 cv)
Esta é a versão com o motor mais moderno da marca, e também mais potente, e a única com câmbio manual de seis marchas.
Outros itens de série: todos da versão Comfortline, mais sistema de partido a frio sem “tanquinho”, computador de bordo com 9 funções, aerofólio traseiro na cor do veículo, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema de alarme com comando remoto, controle de tração (M-ABS), ar-condicionado, banco corrediço e rebatível, chave com controle remoto, lanterna de neblina, pedais do freio e acelerador com apliques em alumínio, ponteira dupla de escapamento, rodas de liga leve aro 15, tampa do porta-malas com abertura por controle remoto, volante multifuncional revestido em couro com comandos do sistema de som.
Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)Volante com controles é de série na Highline e
opcional nas demais versões (Foto: Caio Kenji/G1)
O que mudou no Fox?
Lançado em 2003, o Fox entrou nesta geração em 2009, quando foi feita a última grande mudança. Agora, o compacto é o primeiro carro nacional da Volkswagen a ter as linhas globais de design, ressaltadas pelo capô mais baixo, grade frontal mais fina e farol mais largo, com parábolas retangulares.
Na traseira, as lanternas agora se dividem entre a lateral e a tampa do porta-malas, característica de modelos superiores da marca, como Jetta e Passat. Mas a base é a mesma do Fox anterior, com 2,47 metros de entre-eixos.
O interior não passou por grande reformulação, mas aparece com novas saídas de ar e opção de volante multifuncional como o do Golf, que será de série no Highline, mas também pode ser incluído como opcional nas demais versões. De maneira geral, o acabamento interno melhorou e ficou próximo do Polo, que parece perder cada vez mais espaço para o compacto brasileiro – a Volkswagen não confirma que ele sairá de linha.
Motor mais moderno
Na parte mecânica, as principais novidades são o motor 1.6 litro MSI, da mesma família do três cilindros que equipa o Up!, e uma nova transmissão de seis marchas. O motor, que estreou neste ano no Gol Rallye e na Saveiro Cross, gera até 120 cavalos de potência (abastecido com etanol) e acelera o Fox de zero a 100 km/h em menos de 10 segundos, mais precisamente 9,8 segundos, segundo a fabricante.
Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)
De acordo com Kai Hohmann, gerente de engenharia da Volkswagen, a sexta marcha ajuda a reduzir o consumo de combustível, já que pode andar em rotações mais baixas mesmo em alta velocidade – a 80 km/h o giro fica em 1.900 rotações por minuto, por exemplo.
Como as novidades sempre têm um preço alto, a combinação do motor 1.6 litro MSI com a nova transmissão só estará na configuração topo de linha (Highline).
O Fox ainda sairá da fábrica em São José dos Pinhais (PR) com os três propulsores atuais: 1.0 litro (4 cilindros e 76cv), 1.0 litro (3 cilindros e 82 cv, o mesmo do Up!) apenas na versão BlueMotion, e 1.6 litro (4 cilindros e 104 cv). Além disso, foram mantidas na linha as transmissões de cinco manual de velocidades e i-Motion (automatizada).
Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)Teto solar é opcional (Foto: Caio Kenji/G1)
Opcionais
Entre as novas tecnologias, o Fox contará agora com controle eletrônico de estabilidade, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de navegação embutido no painel e luz de conversão estática, que nada mais é do que acender automaticamente o farol de neblina para o lado que o motorista aplica a seta ou gira o volante. No entanto, estes itens estarão disponíveis apenas como opcionais, mesmo na versão “topo de linha”.
Entre outros opcionais, o Fox 2015 também pode ter teto solar, revestimento em tecido sintético que imita couro, piloto automático, retrovisor eletrocrômico (que reduz o brilho dos faróis na traseira), sensor de chuva e crepuscular e inéditas rodas de 16 polegadas.
Volkswagen Saveiro cabine dupla (Foto: Caio Kenji/G1)Saveiro cabine dupla na versão Cross, que é o foco da montadora (Foto: Caio Kenji/G1)
Saveiro cabine dupla
Parece apenas uma esticada, mas Volkswagen precisou desenvolver uma nova lateral e teto para dar uma cabine dupla à Saveiro. Segundo Guilherme Knop, supervisor de design, o “truque” para manter o caráter esportivo foi subir o teto em 40 milímetros sem mexer na linha lateral. Ou seja, de lado, a Saveiro com cabine dupla tem o mesmo visual da estendida, com o painel traseiro deslocado em 260 mm para trás.
A elevação do teto é imperceptível porque fica escondida pelo rack, que virou item de série em todas as versões da nova configuração.
Como foco em pequenas famílias e jovens, a cabine dupla tem o objetivo de reduzir a distância para a Fiat Strada, atual líder do segmento com folga. De janeiro a julho deste ano, a Strada teve 87,9 mil emplacamentos, ante 41,7 mil da Saveiro, conforme dados da Fenabrave, que reúne os concessionários. No entanto, a picape da Volkswagen passa por um bom momento, com recorde de vendas em maio e julho.
Segundo a montadora alemã, o mercado de cabines duplas representa 28% do segmento para as picapes compactas. A cabine simples é a preferida por sua versatilidade no uso comercial, com 53%, e a cabine estendida responde por cerca de 19% das vendas. “Vamos entrar nestes 28% agora. Não tenho dúvida de que vamos morder um pedaço dos rivais”, disse Carlos Leite, gerente de produto e marketing para comerciais leves.
Volkswagen Saveiro cabine dupla (Foto: Caio Kenji/G1)Direção hidráulica é de série (Foto: Caio Kenji/G1)
Como diferencial, a Volkswagen aposta na certificação para cinco passageiros, ante quatro da Strada, além de direção hidráulica e freios a disco nas quatro rodas de série.
Enquanto a Fiat desenvolveu a terceira porta para entrar atrás, a marca alemã acredita que não foi preciso ir tão longe, já que o espaço com o rebatimento do banco é o mesmo do Gol. O comforto dos passageiros traseiros, no entanto, é restrito pelo espaço, assim como no concorrente.
Segundo a fabricante, o espaço para os ombros no banco traseiro é cerca de 10 milímetros menor que o Gol e o ângulo de inclinação do encosto traseiro é de 18 graus - 3 graus a mais que a Strada. Mesmo assim, o passageiro ainda é impossibilitado de se manter em uma posição menos ereta no banco de trás.
Para evitar a sensação de claustrofobia, o assento traseiro foi elevado em 95 milímetros em relação ao do motorista e está a 945 milímetros do teto. Vale destacar que a Volkswagen teve o cuidado de criar um habitáculo agradável aos passageiro, com apoios de braço, alto-falantes, um porta-copo de cada lado, tomada 12V e janela basculante.
Volkswagen Saveiro cabine dupla (Foto: Caio Kenji/G1)Versões mais simples não são mais o foco
da Volks com a Saveiro (Foto: Caio Kenji/G1)
A caçamba tem 1,1 metro de comprimento no assoalho e tem espaço para 580 litros de carga. Mesmo com estepe embaixo da parte traseira do veículo, o volume é 100 litros menor que a Strada.
Mas o volume não é tão importante, já que a aposta é mesmo no topo de linha “Cross”, voltada para perfis mais jovens e esportivos, que representa 32% das vendas no varejo da picape. Assim como o Fox, a empresa manteve duas opções de motores 1.6 litro para a Saveiro Cabine Dupla.
VEJA TODAS AS VERSÕES DA SAVEIRO CABINA DUPLA:
- Saveiro Trendline CD
Itens de série: freios com ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem), alerta de lanternas ligadas, banco do motorista com regulagem de altura, brake-light e iluminação da caçamba, conta-giros, chave canivete (sem controle remoto), desembaçador do vidro traseiro, direção hidráulica, faróis duplos com máscara negra, freios a disco nas 4 rodas, grade na janela traseira, janelas basculantes para os passageiros traseiros, preparação para som, protetor de caçamba, rodas de 14 polegadas, tampa da caçamba com amortecedor e chave, vidros e travas elétricos
- Saveiro Highline CD
Itens de série: todos da versão Trendline, mais 4 alto-falantes e 2 tweeters, alarme keyless, ar-condicionado, chave com controle remoto, faróis de neblina, I-System, iluminação interna temporizada, peças internas pintadas ou cromadas, rádio com CD/MP3 e entradas USB e auxiliar, retrovisores externos elétricos com “tilt down”, rodas de 15 polegadas, volante multifuncional
- Saveiro Cross CD
Itens de série: todos da versão Highline, mais ABS com função off-road, capota marítima e ganchos deslizantes na caçamba, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, controle eletrônico de estabilidade, faróis auxiliares (neblina e milha), assistente de partida em rampa, molduras alargadas da caixa de roda, pedais em alumínio, rodas de liga leve de 15 polegadas e pneus para todos os terrenos.
VEJA O VOLKSWAGEN FOX ANTES E DEPOIS DAS MUDANÇAS:
Novo Volkswagen Fox (Foto: Caio Kenji/G1)Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)
Antigo Volkswagen Fox (Foto: Divulgação)Fox antigo (Foto: Divulgação)
Novo Volkswagen Fox (Foto: Caio Kenji/G1)Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)
Antigo Volkswagen Fox (Foto: Divulgação)Fox anterior (Foto: Divulgação)
Novo Volkswagen Fox (Foto: Divulgação)Fox 2015 (Foto: Divulgação)
Antigo Volkswagen Fox (Foto: Divulgação)Fox anterior (Foto: Divulgação)

Volkswagen Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1) Fox 2015 (Foto: Caio Kenji/G1)

Volkswagen Fox antigo (Foto: Divulgação) 
Fox antigo (Foto: Divulgação)
Fot e conteudo publicado pelo G1 ....

GM quer suspensão de contratos por cinco meses e PDV em São José, SP

Informação foi oficializada ao sindicato nesta segunda-feira (18).
Não há detalhes sobre total de funcionários afetados e prazos do 'layoff'.

fonte; Do G1 Vale do Paraíba e Região
General Motors em São José dos Campos (Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)Empresa tem cerca de 5,2 mil funcionários
atualmente (Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)
A General Motors (GM) informou ao Sindicato dos Metalúrgicos nesta segunda-feira (18) que pretende realizar a suspensão dos contratos de trabalhadores da unidade de São José dos Campos pelo período de cinco meses. O número de trabalhadores que seriam afetados pela medida no complexo, que emprega cerca de 5,2 mil funcionários, não foi informado pela montadora. No ofício, a GM também afirma a intenção de abertura de Plano de Demissão Voluntária (PDV) na planta da cidade.

A necessidade de layoff (suspensão dos contratos de trabalho) foi anunciada pela montadora em julho, alegando a necessidade de adequar o volume de produção à desaceleração do mercado.

Segundo o sindicato, a GM apenas informou que o período do layoff seria de cinco meses, dentro do tempo máximo permitido por lei. A empresa não detalhou no ofício o total de trabalhadores e setores que seriam atingidos, nem a data de início da suspensão dos contratos.
O sindicato informou ainda que a montadora também tem a intenção de abrir um PDV para os trabalhadores que tiverem os contratos suspensos. A carta ainda reforça a garantia de retorno aos emprego após o layoff e por mais um período a ser definido, conforme já havia sido comunicado na semana passada.

“Recebemos a carta explicando apenas os objetivos do layoff, mas sem detalhes. Com essas informações não dá nem para fazer assembleia”, afirmou o diretor da entidade Célio Dias da Silva.
Segundo ele, o sindicato encaminhará uma notificação à montadora nesta terça-feira (19) pedindo outras informações. “Queremos saber o total de trabalhadores, setores, prazos e os períodos adicionais de garantia no emprego. Cobramos a estabilidade”, disse.
saiba mais

Investimentos
Nesta segunda-feira, a GM descartou a possibilidade de que parte do investimento de R$ 6,5 bilhões no país, anunciado na semana passada, seja destinado à unidade de São José. Segundo a montadora, o aporte será voltado para infraestrutura e novos produtos até 2018, mas ainda não há definição das plantas que receberão o investimento.

Entretanto, não foi descartada a possibilidade da cidade receber outro investimento, de R$ 2,5 de bilhões, que foi anunciado no ano passado para fabricação de um novo produto em um dos países onde a empresa atua. Na época, a montadora informou que se o capital viesse para o Brasil, o complexo da região seria priorizado. Segundo a montadora, ainda não há definições sobre este aporte específicamente.

Outro lado
A GM foi procurada, mas comunicou, por meio de nota, que não informa detalhes do acordo de layoff, como o número de trabalhadores e o período.
conteudo publicado no G1...

Sandero encara New Fiesta, C3, 208 e Punto

Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero
Por Rodrigo Machado / Fotos: Fabio Aro
Transições são sempre complicadas. Pegue um adolescente. Em  poucos anos ele deixa de ser uma grande criança e se torna um pequeno pentelho, irritadiço e quase sempre incoerente, que vive fazendo besteira. Mas nesse período complexo para todos – principalmente para os outros – é que ele forma seu caráter. O carro que você leva para casa, é claro, não fica mais maduro com o tempo. Mas os fabricantes passam a vida aprimorando modelos e versões. Motivados pelo lançamento do novo Renault Sandero, juntamos cinco hatches compactos bem equipados para descobrir se, entre os carros, abandonar a infância  também pode ser complicado e, em alguns casos, temerário.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

5º RENAULT SANDERO

Desde que surgiu para o mundo, no fim de 2007, o Sandero nunca passou por uma evolução tão profunda. Foi como a criança que se forma no Ensino Fundamental, passa a ter mais responsabilidades e começa a se preocupar com o que vai fazer da vida. Até se apresenta melhor agora. A plataforma ainda é a mesma, mas o pessoal de design da Renault trabalhou duro e mascarou muito bem a idade do projeto por fora. As mudanças são muito semelhantes as do irmão Logan, com logotipo destacado, faróis mais finos e lanternas quadradas. O resultado é um carro com ar moderno e bem resolvido. É como se a fase das espinhas na cara já fosse coisa do passado. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

SARCÓFAGO

O mesmo acontece na cabine que finalmente ganhou um desenho feito para esta década. É lá dentro, aliás, que o hatch realmente quer mostrar que está mais maduro e pronto para ser levado a sério. O acabamento interno melhorou bastante e se distanciou daquele ambiente rústico que parecia ser capaz de suportar um ataque nuclear – mas que era tão sofisticado quanto um sarcófago. Há até opção de ar-condicionado automático e sistema de entretenimento com GPS, em um pacote que custa R$ 1.400 e que deve estar em 75% dos carros. A configuração mais equipada, a Dynamique, deve representar 30% das vendas, mais que o dobro do que vendia no Sandero antigo. Mais uma prova de maturidade.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

O banho de loja melhorou a convivência com o Sandero, mas o fato de ainda ser baseado na mesma arquitetura atrapalha. O volante não traz um básico ajuste de profundidade, e os bancos, mesmo sensivelmente melhores, ainda precisam de maior suporte lateral e para as coxas. 
Ao menos, segue como a maior coisa que você pode comprar neste segmento. O espaço interno é ótimo para pernas, ombros, cabeça e qualquer tralha que você queira levar com você. O porta-malas de 320 litros também é o maior da categoria. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

DO TEMPO DO FARAÓ

Se o Sandero está mais agradável para quem vê, o mesmo não se diz para quem acelera. O 1.0 16V ganhou algumas atualizações para render 80 cv. Já o 1.6 8V – que deve vender pouco mais da metade – é o mesmo, com 106 cv e 15,5 kgfm de torque com etanol. A Renault justificou que seus motores, apesar de terem potência baixa, têm torque no nível da concorrência. Mas em um segmento em que o prazer de guiar é importante, acaba sendo um comportamento imaturo.

renault sandero

  • Espaço, design, espaço. E... espaço

  • -  Motor antigo e ergonomia ruim

  • Se você compra carro por metro, taí sua escolha

O 1.6 8V tem boa força, principalmente em giros médios – bom para a cidade –, mas perde desempenho e suavidade em rotações altas. A aceleração só foi melhor que a dos franceses 1.5, a retomada foi até pior que a do Peugeot 208 e foi o mais beberrão da turma. O câmbio também não é lá essas coisas, com engates imprecisos. Para piorar, foi o mais ruidoso dos cinco – apesar da melhora considerável em comparação ao anterior. Em curvas o Sandero é seguro e estável, porém emociona tanto quanto uma volta no carrossel.
Essa versão Dynamique 1.6 8V custa R$ 42.390 mil. Mas por esse preço, você consegue carro que lhe trata melhor. O Sandero nunca vai superar o fato de que nasceu para ser o carro mais barato da Europa. Ele é como o aluno que pulou uma série: é competente, só que ainda não está no mesmo nível dos companheiros de classe. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

4º CITROËN C3

O C3 foi um dos sujeitos que inventou esse negócio de compacto premium no Brasil, em 2003. A propósito, na época, nenhum oponente deste comparativo era nascido. Há dois anos, ele foi à França, visitou um outlet e voltou renovado. Mudou de geração. E a experiência fez bem ao Citroën. O novo C3 intensificou aquilo que sempre soube fazer: bom acabamento e muitos equipamentos. Mas não se livrou de um velho trauma de infância - sua mecânica.

Citroën C3

  • Acabamento e para-brisa panorâmico

  • -  Conjunto mecânico é seu trauma de infância

  • A vista é boa. E à vista é o mais barato

A versão que escolhemos para a briga aqui é a Tendance 1.5, de R$ 45.490. Nessa configuração ele leva a disputa de preço, sendo o mais barato do grupo e ainda é o que traz a lista de itens de série mais completa. Na versão mais cara, a Exclusive, a surra seria ainda maior. Então por que ele está em quarto? Bem, é que apesar do recheio legal, falta ao Citroën exibir seu lado mais radical. É como passear com a namorada na roda gigante. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero
Na pista ele foi mal. O 1.5 de 93 cv sofreu para manter o C3 no ritmo dos demais. Pelo menos, explorar o motor é prazeroso. Há maciez em giros altos, exatamente onde o 1.5 melhor se comporta. E ele ainda manda bem no consumo de combustível. Já o câmbio está longe de ser uma referência por aqui. Mas, convenhamos, os franceses já estiveram bem piores neste quesito. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

TEMPOS DE 4G

Mas ninguém nunca comprou o C3 por sua disposição de deixar marcas de borracha no asfalto ou impressionar a mulherada com um preparo físico de atleta, certo? Quem busca o Citroën está preocupado com a beleza interior e a personalidade francesa. E aí, ele não decepciona. O acabamento está entre os melhores do segmento, com plásticos de boa qualidade e um monte de cromadinhos salpicados pelo painel e console. O sistema de entretenimento é completo, só que os comandos são pouco intuitivos. 
O legal mesmo é o para-brisa panorâmico Zenith (de série nesta versão) que vai até o meio do teto. A imensa área envidraçada até muda a maneira como você dirige. É de fazer um adolescente dispensar o celular e ficar curtindo a vista ao redor. Coisa rara em tempos de 4G. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

3º PEUGEOT 208

Todo polido, com opiniões convictas e diferentes que ninguém mais tem, mas com medo de ser radical ao extremo. O Peugeot 208 é um jovem que estuda em colégio europeu. Dê uma olhada nas notas de Veículo, na tabela. Ele foi o melhor com sobras. Mas ficou lá embaixo quando juntamos a avaliação do que ele é com a do que ele poderia ser. Está aí a sina do 208: uma bela opção para quem não faz questão de andar tão rápido.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

TETO DE VIDRO

Seu desenho é o mais atual dos cinco, sem falar que, como não vende tanto assim, não está espalhado pela vizinhança. Pelo que se pode perceber, a qualidade de montagem e a escolha de materiais também está acima dos rivais. Avaliado na versão Allure 1.5, de R$ 49.690, o Peugeot é o único a trazer um teto de vidro e só se difere da versão topo de linha, a Griffe, pelas rodas menores e pela ausência de leds na dianteira. Na cabine a situação melhora ainda mais. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

PETER PAN

Assim como Sandero e C3, o 208 tem central de entretenimento. Só que nele o monitor é sensível ao toque e está melhor encaixado no painel. Também é mais fácil de usar. Já o cluster, que se vê por cima do volante e não por dentro dele, é o único com velocímetro analógico e digital. Mostrar o interior do Peugeot 208 para outro dono de compacto é o mesmo que aparecer no recreio do colégio com um novo video-game portátil. Impressiona demais e faz você se sentir especial.

Peugeot 208

  • O mais evoluído

  • -  Motor e câmbio não acompanham o ritmo

  • Poderia ser melhor do que realmente é

Pena que motor e câmbio não acompanhem o ritmo. É o mesmo conjunto que está no Citroën, mas aqui tem menos peso para levar nas costas. É o que explica a ligeira vantagem do Peugeot sobre o conterrâneo em desempenho, principalmente na retomada, onde o 208 foi surpreendentemente o melhor. A transmissão, por sua vez, tem curso muito longo. As marchas estão espaçadas demais, o que prejudica quem quer trocas rápidas.
É um grande desperdício porque parece que todo o resto do carro foi pensado para um comportamento muito mais rebelde. Os pedais, por exemplo, são bem juntinhos, ótimos para um punta-tacco. E ainda há o volante de raio pequeno que faz você se sentir um piloto de rali mesmo quando está manobrando na garagem. Com um potencial desses, o 208 só precisa esquecer a Síndrome de Peter Pan e realmente crescer. De repente com a versão GT, de motor turbo e 165 cv, que estará no Salão em outubro e nas lojas no ano que vem, ele possa se sentir, finalmente, completo. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

2º FIAT PUNTO

O Punto é o repetente de ano nesta turma. E como qualquer um nessa situação, se aproveita de ser maior, mais velho e mais forte que os concorrentes. E foi exatamente assim que ele conseguiu o segundo lugar: na marra. Graças ao motor 1.6 16V de 117 cv e 16,8 kgfm de torque, cravou os melhores números na pista, mesmo sendo o mais pesado. Freou melhor que os outros também. Nos testes, só perdeu pontos pelo consumo e pelo alto ruído interno – fruto do projeto já antigo.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

MONTANHA-RUSSA

Longe da frieza dos números, o Punto é o melhor de guiar. É estranho qualificar assim um Fiat, geralmente conhecidos por injetar em você a emoção de um carrossel. Mas não demora muito a perceber que o Punto tem direção exata, com volante de ótima pegada, suspensão calibrada com eficiência, além de um motor que gosta de gritar – e nós adoramos isso. Já a transmissão é mais respeitosa com a tradição da marca. Ela apresenta a mesma precisão de uma baliza feita após três voltas de montanha-russa... 

Fiat Punto

  • Anda bem e adora uma serrinha

  • -  Projeto antigo e opcionais

  • A escolha de quem compra carro pelo motor

O Fiat é bonito e bem acabado. A reestilização pela qual foi submetido em 2012 melhorou principalmente o interior. O cluster com dois instrumentos circulares sugere certa esportividade e a faixa central inventa um refinamento que ele nunca teve. O Punto é o único dos cinco que tem revestimento parcial dos bancos feito de couro. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero
Faltam, no entanto, equipamentos mais modernos. O rádio é à moda antiga e hoje faz só o básico. Nada de GPS, monitor sensível ao toque ou DVD. Tudo é feito em teclas pequenas e visualizado em um visor menor ainda.
Mas o grande descuido do Punto é o quanto ele acha que vale. O preço inicial é bom, R$ 46.740, só que a lista de opcionais é maior que as desculpas por uma nota ruim na prova. Vidros elétricos traseiros, volante multifuncional, Bluetooth, sensor de estacionamento, rodas de 16 polegadas e banco traseiro bipartido elevam o preço do carro testado para mais de R$ 52 mil. Quer um Punto mesmo assim? Esqueça os opcionais e pegue o básico.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

1º FORD NEW FIESTA

Queridinho da professora, mais popular da turma e adorado pelas meninas. A vida do New Fiesta está moleza. Ele lidera com facilidade o segmento e ganha a maioria dos comparativos. Aqui, não foi diferente. O Ford não tem o melhor preço, nem o espaço interno que a sua família quer, tampouco acelera feito um adolescente jogando Gran Turismo, mas cativa pelo equilíbrio de forças. 
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

VELHO OESTE

Junto do Peugeot, é o que tem mais estilo por dentro e por fora. Em comparação com o 208, no entanto, deve capricho na cabine. As peças têm encaixe irregular e os plásticos são duros demais. O rádio, por sua vez, parece ter saído de algum filme de velho oeste. É bonito e tal. Porém, é extremamente confuso com muitos botões e tela minúscula. Para piorar, o  volante rejeita ter  qualquer comando auxiliar. Se acostumar a usar ele é como conviver com herpes. Você pode até aprender a escondê-la, mas seria melhor se não tivesse.
Você esquece tudo isso quando vira a chave. A posição de dirigir é – com sobras – a melhor que o dinheiro compra nessa faixa. Os bancos lhe deixam bem acomodado e seguram o corpo nas curvas, coisa que nenhum outro rival é capaz de fazer tão bem. O espaço atrás é aceitável, desde que você não tenha três adolescentes em casa. 

Ford New Fiesta

  • Motor, câmbio, direção e suspensão

  • -  Interior merecia mais capricho

  • Equilíbrio de carro médio

Junte isso a um carro bem acertado dinamicamente e o resultado é saboroso. O motor pode ser menos forte que o do Punto, mas é mais gostoso de explorar e ainda responde melhor em rotações baixas, situação em que o Fiat sofre. Na estrada, não é preciso nem reduzir para fazer uma ultrapassagem. Pela modernidade do motor, só achamos que ele poderia ter sido mais econômico. 
A suspensão é na medida e dá segurança e conforto, enquanto o câmbio é o mais justo dos cinco. Andar no New Fiesta é uma experiência em que você raramente vai encontrar erros. Ele é preciso e certeiro.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero

XERIFE

Gostamos também do preço de R$ 46.890. Só viramos a cara para o recheio da versão SE. O New Fiesta ideal é o 1.5 S, de R$ 43 mil, que já traz o suficiente. Mesmo com um conteúdo tão econômico, o Ford é o compacto que todos da C/D escolheriam para levar para casa. Perto dos outros, que ainda espremem suas espinhas e não controlam seus hormônios, ele amadureceu. O xerife entre os compactos. Para o Fiesta a vida pode ser um parque de diversões. Mas o tempo de brincadeira, pelo menos para ele, ficou no passado.
Comparativo Citroën C3 x Fiat Punto x Ford New Fiesta x Peugeot 208 x Renault Sandero
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GM põe R$ 6,5 bi no País. Revelamos como o dinheiro será gasto

Chevrolet
Presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff (à esquerda), ao lado da CEO da GM, Mary Barra
Por Lucas Litvay / Projeção: João Kleber Amaral
A General Motors acaba de anunciar em Brasília investimento de R$ 6,5 bilhões no País a serem gastos entre 2014 a 2018.  No comunicado, a empresa diz que o aporte será destinado ao desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e na formação de empregados, além da ampliação do índice de localização de componentes.

“Este investimento permitirá à marca Chevrolet continuar a renovação de sua linha de automóveis com foco em tecnologia e qualidade. Outro grande propósito deste aporte é o de elevar o percentual de nacionalização dos componentes dos carros feitos no Brasil, numa ação que envolverá também fornecedores instalados no país”, explicou Jaime Ardila, presidente da General Motors América do Sul. Ardila e a presidente mundial da GM, Mary Barra, apresentaram o plano a presidente Dilma Rousseff nesta manhã.
O que eles não falam abertamente Car and Driver descobriu nos bastidores. 
Chevrolet de 30 mil

TRÊS MODELOS

Boa parte do plano bilionário será gasto no desenvolvimento de uma nova família de carros compactos. Será o projeto mais grandioso e ambicioso da Chevrolet na década. Ao todo, R$ 2 bilhões serão injetados na criação dos modelos que em três anos irão aposentar os atuais Celta e Classic. “Já está decidido que haverá um hatch e um sedã compacto”, antecipa uma fonte que deixa escapar que a marca trabalha na hipótese de produzir um SUV compacto sobre a mesma plataforma. “O brasileiro demonstra interesse pelos SUV’s pequenos, como mostram nossas pesquisas.” O modelo será baseado no conceito Adra, mostrado este ano no Salão de Nova Déli, na Índia. 
Chevrolet de 30 mil
O futuro compacto ainda não tem nome definido, nem apelido. Chegaram a cogitar Projeto Jade e Projeto Âmbar, mas fontes ligadas à marca negam a existência de tais nomes. “Na fase de desenvolvimento, usamos nomes variados junto aos fornecedores para despistar vocês, jornalistas.” Mas informações vazam. Como, por exemplo, a de que o futuro compacto (e sua família) usarão uma plataforma inédita, com volume de produção estimado de 1,2 milhão de veículos em todo o mundo . “Garanto que não será a do Onix. O Onix é o carro mais barato que conseguimos fazer sobre essa arquitetura”, explica outro informante. Está aqui, a propósito, o principal desafio da engenharia da Chevrolet neste projeto. Criar uma arquitetura moderna e boa o bastante – mas barata. Para isso a empresa reforçou o time. Hoje, são 2.000 engenheiros e 600 pessoas trabalhando no Centro de Design da marca no País. “Foi a força dessa equipe que credenciou o Brasil a liderar o projeto”, diz uma fonte. “O Brasil, aliás, foi escolhido pela matriz como líder de desenvolvimento de todos os carros para países emergentes. “Ao contrário dos atuais Classic e Celta, os futuros compactos serão vendidos (e fabricados) em outros mercados fora da América do Sul, como China, Índia e Rússia.”
Chevrolet de 30 mil

CARRO COMPLETO

O carro que ilustra essas páginas é a nova geração do Chevrolet Spark, vendido em quase todo o mundo, inclusive Europa, EUA e Ásia. E ele dá boa pista de como será o futuro compacto nacional. “É claro que já fizemos estudos sobre a produção do Spark no Brasil. Mas ele tem custo alto de produção, o que o deixaria com preço pouco competitivo. Além disso, ele é o que chamamos de city car, ou seja, muito pequeno para o que o brasileiro espera de um compacto”, explica uma fonte. Que vai além: “As más vendas do Volkswagen Up mostram mais uma vez que city car no Brasil não funciona.” A estratégia da Chevrolet com o futuro compacto é oposta – e mais próxima, digamos, ao da Renault e seu Sandero. “Faremos o maior carro possível com esse preço e essa nova arquitetura. Bom espaço (para passageiros e bagagem) é fator determinante de compra.”
O preço também é importante: a estratégia vem sendo montada para o carro custar menos de R$ 30 mil. E as fontes não escondem que aí está o principal nó do projeto. “Por conta da inclusão do airbag e ABS [exigências na nova legislação], as fábricas tiveram que depenar os carros. Mas não adianta, o brasileiro quer ar e direção ao invés de air bag e ABS. Portanto, o carro tem que ser completo. E isso dificulta ainda mais as contas fecharem.”  A boa aceitação do sistema multimídia MyLink – presente em 80% das unidades vendidas do Onix – reforça a percepção da marca que o brasileiro quer um carro completo, mas com preço capaz de ser pago mesmo em um financiamento a longo prazo. 
Chevrolet de 30 mil

PADRÃO DE DESIGN

A importância do novo Spark para o compacto nacional é que ele exibe a próxima identidade visual da Chevrolet. Ou seja, antecipa, em boa medida, as linhas do futuro modelo brasileiro. Retorne à página anterior e veja que a novidade aposenta a grade dianteira bipartida com o logotipo da marca no centro, padrão usado em todos os carros da Chevrolet na última década. “A moda é outra. Com linhas marcantes, mas ao mesmo tempo elegantes”, diz uma fonte ligada à área. “Sim, adotaremos o mesmo padrão em todos os carros”, antecipa. “No entanto, cada carro e cada mercado terá suas particularidades. Mas é importante que o consumidor identifique um Chevrolet logo de cara.” 
O novo padrão de design é marcado por uma fina entrada de ar dianteira, com o logotipo no meio, em contraposição à enorme entrada de ar no para-choque de formato hexagonal. Os faróis ficarão mais afilados, enquanto a lateral contará com dois, às vezes, três vincos para reforçar a sensação de movimento.
Diferente da concorrência, a GM brasileira não planeja um motor de três-cilindros para seus carros de entrada. As fontes não confirmam, mas o valor alto de desenvolvimento (e a necessidade de segurar os custos para o carro não ultrapassar os R$ 30 mil) são o motivo de tal decisão. “Há outras maneiras mais inteligentes e eficientes para atingirmos às normas de consumo e emissão impostas pelo Inovar-Auto”, explica um interlocutor. Quem apostar numa nova geração de câmbio – tanto manual como automático – com mais marchas tem chance de acertar. “Hoje, o Onix já é o carro mais vendido no País sem contar as compras de locadoras, algo que estamos fora por conta do baixo retorno. O sucesso se repetirá com o novo compacto”, diz, otimista, uma fonte. “Vamos apresentar um compacto sem igual no segmento: bonito, espaçoso e econômico.” Os próximos cinco anos começam agora.

Ford Ka + SEL 1.5: sedãzinho bom de briga

Por Carlos Guimarães, de Porto Seguro (BA) // Fotos: Divulgação
Foram menos de vinte quilômetros ao volante, mas o suficiente para me convencer de que a briga no terreno dos sedãs compactos vai mudar assim que o Ka+ chegar às lojas em outubro, em seis versões, metade delas com motor 1.0 (de três cilindros) e o restante com o 1.5 do New Fiesta, o mesmo do carro que avaliamos. Silêncio a bordo, agilidade, bom nivel de equipamentos de série e espaço interno surpreendente serão as principais armas da Ford contra rivais como Chevrolet Prisma, Hyundai HB20S e companhia.

Tive sorte em pegar um trecho com curvas variadas, subidas e descidas nos arredores do Arraial d`Ajuda, no município de Porto Seguro (BA). Piso fundo no acelerador e, logo depois de engatar a terceira, o velocímetro já marca 100 km/h. As trocas se mostram fáceis e precisas, sem nenhuma vibração da alavanca. Resolvo estabilizar nos 120 km/h, em quinta. O sedãzinho roda como se fosse gente grande, mantendo o silêncio de uma biblioteca, com o contagiros apontando civilizados 3.200 rpm. E se precisasse fazer alguma manobra de emergência, nesse regime de rotação, haveria força suficiente, sem precisar trocar de marcha.
Logo apareceram alguns buracos pelo caminho, mas a suspensão, ajudada pela boa rigidez torcional, absorveu com bastante eficiência as irregularidades do piso. Aliás, nessa versão sedã, o ajuste do conjunto parece ter atingido o ponto ideal para manter o conforto a bordo sem comprometer a estabilidade, não apenas em curvas, mas também nas frenagens e nas acelerações. A sensação de seguranca impressiona. Sem medo de exagerar, parece até um carro de uma categoria superior se comparado aos concorrentes mais fracos quando o assunto é comportamento dinâmico, entre os quais Renault Logan e Fiat Siena.
Ford Ka+ 1.5Com motor 1.5, o Ka + tem uma boa relação peso-potência de 9,5 kg/cv, o que ajuda a explicar o bom desempenho. Mas, na versão 1.0, ainda não disponível para avaliação, a história deve mudar, afinal são 12 kg/cv.  A Ford diz que o sedã é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos e atingir 178 km/h. Quanto ao consumo, de acordo com o Conpet (programa de eficiência energética do Inmetro), o Ka + 1.5  consome em média 11,5 e 7,9 km/l na cidade, ou 13,6 e 9,5 km/l na estrada (gasolina e etanol). 
Ok, o carro anda bem, mas alguns detalhes de acabamento precisam melhorar. Mesmo na versão topo de linha não há revestimento no interior da tampa do porta-malas (com fios à mostra) e no capô (ainda sustentado por vareta). Além disso, as coberturas internas das colunas dianteiras não estavam muito bem encaixadas na unidade avaliada e a patroa deverá sentir falta da luz de cortesia  para o espelho do para-sol do lado do passageiro quando for retocar a maquiagem. Também poderiam ter incluido cinto de três pontos no centro do banco traseiro, bem como ancoragem ISOFIX para cadeiras infantis, mas esses dois itens de segurança já estão em desenvolvimento e logo serão oferecidos, de acordo com a Ford
Mas há que se reconhecer que a habitabilidade é boa. São 21 porta-objetos no interior. Dois deles merecem destaque. O primeiro é a prática prateleira em frente da alavanca de câmbio, feita para levar celular, emborrachada e com abas para evitar que o aparelho caia no chão. Outro é um compartimento que é acessível apenas com a porta do motorista aberta, prático para esconder algo de valor. Também há espaço para levar latas no console central e nas laterais das portas (comporta também garrafas de até um litro). 
Para você que planeja viajar com a familia, o porta-malas de 445 litros deverá ser o suficiente para levar a bagagem de quatro pessoas, ainda mais porque a tampa vem com articulação pantográfica e molas a gás no lugar das alças metálicas, que não apenas ocupam espaço, mas também podem acabar amassando o que estiver por perto. Bom também é que incluíram controles eletrônicos de estabilidade e tração, além de assistente em rampa (segura o carro em aclives com a embreagem acionada) na versão mais equipada SEL, que também tem comandos por voz e até assistência de emergência, que liga para o SAMU em caso de acidente com acionamento dos airbags, ou corte do combustivel.